Uma Garota de Muita Sorte: A terrível verdade por trás do filme

Uma garota de Muita sorte acaba de chegar à Netflix e com isso, vem chamando a atenção do público. Isso levou o filme a liderar rapidamente o TOP 10 do serviço no Brasil. Lotado de reviravoltas, Mike Barker é o responsável por dirigir o suspense.

O enredo de Uma garota de Muita sorte gira em torno de Ani Fanelli, uma jornalista de sucesso em Nova York. Ani é focada em uma revista para mulheres. Mas, sua vida muda drasticamente quando ela é acusada de estar envolvida em um tiroteio na escola por se ex-colega Dear Barton. 

A verdade é que, Ani, que foi anteriormente estuprada por Dean e dois de seus amigos, tenta encontrar uma maniera de lidar com a acusação. Além disso, precisa tentar retirar os traumas associados ao horrível estupro coletivo. 

Os relatos apresentados no filme são extremamente realistas, demonstrando as lutas e resiliência de Ani. Com isso, os fãs começaram a questionar se algum ponto de Uma garota de Muita Sorte é inspirada em uma história real. Bem como, se existe alguma conexão com Mila Kunis na vida real. Pois bem, aqui está o que sabemos. 

A história real de Uma garota de muita sorte 

Sim. Podemos afirmar que, uma história real determinou grande parte de Uma garota de Muita sorte. Ocorre que, o diretor Mike Barker criou o filme a partir do romance de mesmo nome de Jessica Knoll. O romance, como o filme, segue as lutas de Ani com o traumático estupro coletivo e tiroteio na escola.

Embora, tanto o romance, quanto o filme tenha uma parte fictícia, também contém um relato real. O enredo específico que envolve o estupro coletivo de Ani é baseado na própria experiência de Jessica Knoll quando adolescente. Logo após a publicação do romance, Knoll compartilhou sua experiência da vida real ao Lenny Letter, de Lena Dunham. 

Knoll foi estuprada por três garotos, conforme a autora relata. Apesar de não ter revelado seus nomes, tal ato aconteceu quando ela tinha 15 anos e ocorreu durante uma festa. Em Uma garota de Muita sorte vemos isso acontecendo com Ani. 

No entanto, Knoll nunca foi capaz de revelar aos próximos o acontecimento. Afinal, de acordo com a escritora, ninguém chamaria isso de estupro. A escritora afirmou:

“Como Ani, a única maneira que eu conhecia de sobreviver era rir alto das piadas dos meus estupradores, falar baixinho com as garotas malvadas e me concentrar em esculpir meu túnel para sair dali”.

Assim como a personagem, Knoll também migrou para Nova York, com o “guarda-roupa certo, um trabalho glamuroso e um anel no dedo antes dos 28 anos”. Assim como a protagonista de “Uma garota de Muita Sorte“, que  trabalha para a The Women’s Bible, Knoll trabalhou para a Cosmopolitan. Mas, todas essas transformações não foram capaz de apagar delas os horrores de sua experiência:

“A primeira pessoa a me dizer que fui estuprada em grupo foi um terapeuta, sete anos após o fato”.

Uma garota de Muita sorte materializou a experiência de Knoll

O romance surgiu no momento que Knoll queria aliviar sua experiência na vida real. Ao EW, a autora afirmou:

“Sempre senti essa necessidade ardente de tirar essa história do meu peito de alguma forma”.

Claro que, Knoll não origina toda a história do filme. Aliás, esse é o motivo pelo qual, Knoll afirma que não se trata de um “livro de memórias”. Afinal, a história do tiroteio na escola é fictício. Mas, Knoll deixou claro que descreveu de forma realista, afinal, se lembrou dos vários tiroteios em escolas que aconteceram no país. 

Embora não limite a narrativa à sua experiência da vida real, Knoll consegue explorar os desafios enfrentados por estudantes adolescentes. Logo, a autora foi realista em função das ocorrências trágicas de tiroteios em escolas. 

As mudanças em relação ao livro

Apesar de Uma garota de muita sorte ser uma adaptação, várias mudanças no roteiro foram feitas. Inclusive, muitas delas, pela própria Knoll. O livro termina com uma confissão, e o filme vai além disso. Na vida real, após a revelação de Knoll, várias pessoas a procuraram.

De acordo com a autora, casos semelhantes foram relatados e isso influenciou a escritora e Mila Kunis a escreverem um novo final. 

“Em algum momento eu me lembro de dizer que, quando escrevi meu ensaio para Lenny Letter, fui inundada com mensagens de mulheres compartilhando suas histórias. Isso desbloqueou algo em nós [Knoll e Kunis] onde estávamos, talvez haja uma maneira usar isso para moldar nosso final”.

No final de Uma garota de Muita sorte, as jornadas, da personagem e da escritora se assemelham. Especialmente, após a publicação de sua entrevista à Lenny Letter. 

“É verdade que seja uma história fictícia, um personagem fictício, mas há ainda mais elementos inspirados na minha vida real. Gosto que olhamos para o ano que me seguiu escrevendo o livro e escrevendo meu ensaio e a reação a ele e indo a um programa de TV para falar sobre isso. Eu gostei de incorporar isso no filme porque acho que isso contribui para uma jornada mais épica em que Ani continua”.

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