
The Crown: Erro com princesa Diana pode acabar com a série
Vale lembrar que a 6ª temporada, parte 1, de The Crown, já está disponível na Netflix
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A primeira parte da 6ª temporada de The Crown desencadeou controvérsias ao fazer uma escolha peculiar envolvendo a Princesa Diana… E comprometendo o impacto da série em sua última temporada.
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Com efeito, a representação contínua da família real britânica torna-se cada vez mais suscetível a críticas a cada novo capítulo. Nesse ínterim, conforme a cronologia de The Crown se aproxima da memória recente da maioria dos espectadores, a necessidade de abordar certos temas com sensibilidade torna-se ainda mais presente.
Nesse contexto, a exploração da vida trágica da Princesa Diana surge como um dos maiores riscos enfrentados pela produção da Netflix.
A 6ª temporada de The Crown mantém a Princesa Diana presente depois de sua morte
A série aborda a morte da Princesa Diana com uma contenção graciosa. A temporada se inicia com o trágico acidente de carro, evitando mostrar imagens explícitas da colisão e, em vez disso, concentrando-se no caos subsequente provocado pelos paparazzi e na angustiante chamada de emergência.
Além disso, a abertura da temporada e o episódio “Aftermath” retratam com precisão a morte de Diana, explorando integralmente as consequências do acidente.
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No entanto, o episódio toma uma decisão bizarra ao permitir que Diana reapareça para outros personagens por meio de aparições aparentemente fantasmas.
Vale lembrar que a 6ª temporada, parte 1, de The Crown, já está disponível na Netflix. Com a parte 2 programada para ser lançada em 14 de dezembro de 2023.
Em uma cena, Diana surge ao lado de Charles no jato real, expressando seu amor por ele e sugerindo que “provavelmente será mais fácil para todos comigo fora”. A natureza desses comentários sugere que a visão é mais bem compreendida como uma projeção da mente de Charles do que um encontro espectral genuíno.
Outra cena no mesmo episódio reforça essa interpretação, pois Diana aparece para a Rainha Elizabeth, comunicando exatamente o que ela precisa ouvir, sem a frieza que definia seu relacionamento enquanto viva. O criador de The Crown, Peter Morgan, confirmou que esses encontros representam Diana “continuando a viver vividamente na mente daqueles que ela deixou para trás”.
As aparições do “fantasma” de Diana
A decisão de fazer Diana reaparecer após sua morte, embora audaciosa, acaba prejudicando a série. Ao manter Diana presente, The Crown falha em refletir a brutalidade de sua partida.
Além disso, isso cria uma lacuna entre a experiência dos personagens, que nunca mais verão Diana, e a do espectador, que a vê repetidamente. Esse artifício parece injustificado para uma série geralmente naturalista… Transmitindo a impressão de que The Crown reluta em se despedir de um de seus personagens e atores mais populares.
Morgan oferece uma justificativa para essa decisão polêmica em sua entrevista à Variety, argumentando. “Diana era única, e acho que isso me inspirou a encontrar uma maneira única de representá-la. Ela merecia um tratamento narrativo especial.”

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No entanto, a explicação de Morgan deixa lacunas. Em primeiro lugar, Diana não recebe um “tratamento especial”, já que Dodie Fayed, outra vítima do acidente, também é representado aparecendo para um ente querido após sua morte.
Além disso, a escolha não constitui uma “maneira única de representá-la”, uma vez que a série não é pioneiro ao retratar Diana como um fantasma. O filme para TV da BBC, ‘King Charles III’, adaptado da peça de 2014 com o mesmo nome, gerou controvérsia em 2017 por sua representação de uma Diana “fanstasma”.
Em última análise, a competente representação da morte de Diana por The Crown é prejudicada pelo retorno injustificado da personagem na série.