Sweet Tooth teve grande mudança com vilão

Dado que os arcos do vilão em Sweet Tooth da Netflix se afastam muito dos quadrinhos originais, a série pode não ser capaz de replicar o final do material de origem. Superficialmente, o arco do vilão do General Abbot no programa não está muito longe de como os quadrinhos originais o retratam.

Como sua contraparte original, ele é um ditador implacável. Um ditador que está disposto a cruzar todos os limites morais para encontrar uma cura para a doença e reverter The Great Crumble. No entanto, ao contrário da versão em quadrinhos, o Abbot de Sweet Tooth da Netflix não tortura os híbridos sem pensar.

Ao invés disso, ele pede ao Dr. Aditya que faça experimentos com eles para encontrar a cura da humanidade para o vírus H5G9. Embora sua bússola moral ainda esteja distorcida, suas razões para trilhar um caminho de vilão parecem bem pensadas.

Da mesma forma, a série também retrata o Exército Animal de uma maneira muito mais moralmente ambígua na 2ª temporada em comparação aos quadrinhos. No material original, eles são retratados como um culto sinistro. Considerando a ênfase de Sweet Tooth da Netflix em temas alegres e drama familiar.

Assim, essas mudanças de vilão em Sweet Tooth fazem sentido. Mas infelizmente, eles impossibilitam que a série siga o final catártico dos quadrinhos.

Mudança no vilão de Sweet Tooth da Netflix

Depois que Gus e sua equipe dominam o Abbot, a história dos quadrinhos avança para 15 anos no futuro. Após este salto, os híbridos aparecem vivendo em paz. Como os humanos, que estão à beira da extinção, os híbridos se encontram em uma encruzilhada onde eles podem aprender com os erros da humanidade ou repeti-los.

Depois de suportar tortura suficiente nas mãos da humanidade e ver as terríveis repercussões de suas ações, os híbridos aprender com o passado. Desta forma, eles perdoam seus opressores.

Como Sweet Tooth não traça esse contraste total entre seus personagens humanos antagonistas e os híbridos, ela não pode imitar o final otimista dos quadrinhos. Não apenas o Exercício Animal e Abbot, mas até personagens como Dr. Aditya e Jepperd têm narrativas mais sombrias nos quadrinhos do programa de TV.

Ao retratar esses personagens adultos como humanos moralmente falhos, e os mais jovens como híbridos ingênuos, o enredo dos quadrinhos desenha uma metáfora para a mudança climática. Seu final estabelece que a geração mais velha enfrenta as trágicas consequências de suas ações contra o meio ambiente.

Enquanto a geração mais nova aprende com seus erros. Sem destacar essa variação entre os pecados da humanidade e a inocência dos híbridos, a série não consegue recriar o mesmo clímax simbólico.

Como as mudanças nos vilões podem melhorar o final da série

As mudanças de vilão em Sweet Tooth podem eventualmente beneficiar a série. Isso porque essas mudanças dão uma perspectiva mais matizada e realista da natureza humana. Os personagens humanos da série são menos pretos e brancos em comparação com suas versões nos quadrinhos.

Isso quer dizer que eles podem aprender a coexistir com os híbridos e até unir forças com eles para tornar o mundo um lugar melhor. Isso, por sua vez, faria a série terminar com uma nota alta edificante, que estaria em conjunto com seu tom otimista e sua paleta de cores vibrantes.

Por outro lado, essa mudança pode impactar no perdão final dos híbridos sobre a humanidade. Isso porque Gus e os híbridos não tiveram contato, realmente, com o pior da humanidade. Desta forma, o perdão no final não seria tão impactante.

De qualquer forma, os criadores de Sweet Tooth da Netflix terão que superar muitos desafios narrativos e enigmas para fazer o arco final valer a pena. No entanto, como a série se saiu bem até agora sem adaptar fielmente os quadrinhos, provavelmente a história vai terminar de forma satisfatória.

Isso independentemente de como trata seus personagens. A 2ª temporada da série já está disponível na Netflix.

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