Star Trek: Picard: A missão que não faz nenhum sentido na série
A Missão que não faz sentido em Star Trek: Picard
A 2ª temporada de Star Trek: Picard depende da Missão Europa, mas, infelizmente, isso não faz sentido. O fato mais importante deste ponto da história da série é que um ancestral de Jean Luc Picard chamado Renée deve ir em uma missão para Io. Esta é uma das luas de Júpiter.
Caso isso não aconteça, a raça humana se tornará tirana e xenofóbica. No contexto da história, o fato de Renée ser a chave para um futuro melhor, não a Missão Europa em si, mostra como os Picards foram influentes ao longo da história. Ao mesmo tempo, Star Trek: Picard aborda a relação tensa de Jean-Luc com sua própria história.
Certamente, isso torna as duas narrativas paralelas. Entretanto, era importante alinhar a história de Renée com os esforços de Jean-Luc Picard para enfrentar seu passado só funciona se a subtrama dele for tão consistente e importante quanto a jornada dela, que é crucial e catártica. Isso se torna verdade na 2ª temporada.
O 2° ano de Star Trek: Picard tem como foco uma história de universo alternativo, onde um único evento deve mudar o curso do futuro. Quando uma narrativa dá muita importância a uma única ocorrência, esse evento precisa ser tão integral quanto a jornada temática e pessoal dos personagens. Caso contrário, isso “barateia” a história como um todo.
A missão Europa não faz sentido em Star Trek: Picard
Infelizmente, as ramificações da Missão Europa em Star Trek: Picard são amplamente encobertas. Isso faz com que suas apostas como arauto de uma ordem totalitária pareçam tão improváveis. A ponto de interromper a imersão do telespectador na segunda temporada.
Supostamente, o sucesso da Missão Europa levaria Renée Picard a descobrir um microorganismo. Este limpa o ecossistema da Terra, impedindo a mudança climática e a ascensão da Confederação da Terra. Mas como esse microorganismo funciona exatamente não é explicado.
Assim como quais eventos sociais, políticos e ecológicos seriam evitados por sua presença. Nada disso é explorado na 2ª temporada de Star Trek: Picard. O problema nem é o fato de que qualquer outro membro da Missão Europa possa descobrir essa nova espécie.
Embora a parte importante da história seja que Renée faça a descoberta. Essa falta de explicações enfraquece as apostas da segunda temporada. Pois parece forçado demais que a pessoa certa tenha que fazer uma descoberta para garantir o melhor resultado. O correto seria fazer a descoberta em si, independente do responsável por isso.
3ª Temporada não vai resolver os problemas da Missão Europa
Infelizmente, é bem pouco provável que 3ª temporada explique o microorganismo. Como funciona ou quais foram seus impactos específicos para as pessoas da terra. Com a conclusão da segunda temporada e o retorno de Picard ao futuro distante, não há motivo para a série revisitar a Missão Europa.
Muito menos como a descoberta de Renée vai mudar o futuro. A menos que esse microorganismo se torne extremamente relevante para a história de Star Trek: Picard. Porém, levando em consideração que o organismo é uma solução para um problema centrado na Terra, sua utilidade na fronteira é praticamente inútil.
Isso quer dizer que os problemas na história da Missão Europa permaneceram sem solução. Na segunda temporada, a jornada de Jean-Luc é priorizada sobre o enredo. Além de ser estabelecido que a necessidade maior é impedir a formação da Confederação.
Isso não é de todo ruim, mas apresenta alguns problemas. Seus esforços para enfrentar seu passado e ao mesmo tempo protegê-lo teriam sido mais fortes se a Missão Europa tivesse uma importância pessoal para ele. E claro, para o futuro que ele estava defendendo.
Afinal de contas, a caracterização funciona melhor quando os cenários e as circunstâncias de uma história também funcionam. No final das contas, a Missão Europa em Star Trek: Picard foi uma narrativa não muito bem pensada. O que nos resta é esperar que isso não se repita na terceira temporada.
Então, o que você achou da Missão Europa?
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