Round 6 muda tudo com final que os fãs não imaginavam
O final alternativo que mudaria tudo em Round 6
Round 6 pode ter sido uma grande sensação dos últimos anos, mas, seu final poderia ter sido horrível. Seja Mass Effect 3 ou Game of Thrones, a conclusão é fundamental para dar os próximos passos de uma franquia. Recentemente, o nono episódio da série foi indicado ao Emmy de Melhor Roteiro. Contudo, recebeu várias críticas.
LeBron James, por exemplo, criticou o episódio final da série. Já questionado sobre o que James achou, o criador de Round 6 afirmou: Você já viu Space Jam ? Estou muito grato por ele ter assistido a série, mas jamais mudaria o final.
Contudo, o final transmitido só foi decidido nos últimos instantes. Ou seja, isso aconteceu somente no ápice de uma década de desenvolvimento, do roteiro à chegada da série da Netflix. Recentemente, em uma entrevista à Entertainment Weekly alguns meses, o criador da série afirmou que lutaram para escolher o final.
De acordo com Hwang, haviam dois cenários diferentes para o final. A versão alternagtiva mostraria Seong Gi-Hun embarcando no avião com destino a Los Angeles. Logo, essa seria uma resolução mais feliz e firme, mas teria mudado completamente Round 6.
Como o final de Round 6 seria diferente
Sem dúvida, o nono episódio, One Lucky Day, tem uma grande mudança de ritmo em relação aos oito primeiros. Neste, vemos capturando a imaginação global com um ritmo implacável e reviravoltas chocantes. Em vez disso, Round 6 mostra Gi-hun obscurecido por suas experiências de perda.
Em última análise, de vitória, não mais o idiota adorável e otimista que compensou o horror ao seu redor. Ele recebeu seu prêmio em dinheiro, mas perdeu seu amigo Cho Sang-Woo e até sua mãe, que morreu enquanto ele estava fora.
Ele não acessa seus ganhos por um ano, até que compra uma flor de um vendedor desesperado. Logo, encontra dentro, um cartão de visita dourado. Em uma reviravolta na história que mina o peso dramático dos episódios anteriores, Gi-hun descobre que seu “gganbu” Oh Il-nam (O Yeong-su) é na verdadeo cérebro por trás do jogo.
Ele faz uma visita e encontra Il-nam em seu leito de morte, e ameaça matá-lo com as próprias mãos. Entretanto, Il-nam sucumbe ao tumor cerebral. Mais tarde, Gi-hun une o irmão de Sae-byeok (HoYeon Jung) com a mãe de Sang-woo antes de partir para Los Angeles para ficar com sua própria família em Round 6.
Na estação de trem, ele avista o Vendedor (Gong Yoo) no meio de ddakji com um jogador em potencial. Ele o persegue, mas só consegue pegar outra carta. Na ponte de embarque para o avião, Gi-hun disca o número e fala com o Front Man (Lee Byung-hun). Ele se vira e abandona sua família para continuar a aventura.
O segredo do final de Round 6
Existem muitas interpretações sobre o final, mas, o mais proeminente, é o contraste que a série apresenta. Neste final de temporada, a origem do “Jogo da Lula” fica mais aparente, já que a cena climática da luta abre o episódio e desfecho se estende pelo restante.
Em suma, O confronto de Gi-hun com Il-nam dura mais de 10 minutos em Round 6. Afinal, a maioria das cenas na televisão são duas ou três. Mas, qualquer que seja sua inconsistência, o último episódio continua sendo um final tematicamente consistente.
No início, encontramos nosso herói Gi-hun movido apenas por dinheiro, mas há vislumbres de humanidade dentro desse desespero. Ele dá uma gorjeta ao balconista nas pistas – embora mais tarde tenha que pedir timidamente o dinheiro de volta – e até defende Sae-byeok contra o gangster Jang Deok-su (Heo Sung-tae) apesar de reconhecê-la como a batedora de carteiras que o ferrou.
Existe uma ideia do que Gi-hun poderia ter sido se fosse financeiramente estável, já que os jogos provam que ele tem um forte senso de certo e errado.
De série de terror a escolha de vingança
Para fazer o final alternativo funcionar, Seong Gi-hun teria que ser menos viciado em vencer, o que certamente reduziria o apelo imediato de seu personagem. No episódio 1 de Round 6, ele é apresentado como um perdedor que enlouquece em raros casos de vitória: descobrir o PIN de sua mãe, vencer na pista de cavalos e até vencer no jogo arcade de garras.
Do jeito que está, a despedida momentânea de Gi-hun pode ser uma provocação para a próxima segunda temporada, mas também é um território familiar para o cinema sul-coreano: a vingança.
Os artistas são, sem dúvida, inspirados ou levados a refletir sobre o mundo que testemunham, e a onda de vingança que permeia a moderna mídia sul-coreana pode ser rastreada até eventos históricos recentes.
A ocupação japonesa, a Revolta de Gwangju de 1980 e os governos autoritários ou corruptos de Park Chung-hee e Park Geun-hye colocariam os cidadãos comuns contra forças maiores e mais poderosas. Até a greve de Gi-hun, vista num flashback no episódio 5 de Round 6, é baseada num incidente real ocorrido em 2009, quando a Ssangyang Motors despediu 2.600 funcionários.
Então, o que você acha desse final da série?