Percy Jackson: Nova série precisa corrigir grandes erros dos filmes
Percy Jackson tem nova série no Disney Plus
Percy Jackson é uma das mais populares sagas literárias jovem de todos os tempos. Criada por Rick Riordam, a série giram em torno de um semideus do mesmo nome, enquanto ele embarca em diversas aventuras em terras míticas. No entanto, ao invés de criar um universo novo, Riordan reutiliza figuras mitológicas gregas em ambientes modernos.
Assim como ocorre com várias sagas, Percy Jackson foi adaptada primeiramente para os cinemas. No entanto, alguns dos filmes, sendo o mais notável, “o ladrão de raios” não foi tão bem recebido pelos fãs. Posteriormente, “O mar de monstros sofreu com o mesmo problema.
No geral, as adaptações foram muito criticadas pelos fãs. A principal reclamação foi quanto a diferença seu material de origem. Agora, o Disney+ anunciou que uma nova série que se passará no universo de Riordan. Além disso, o criador da série anunciou que acompanha de perto a nova produção, já que os filmes nunca o agradaram.
A participação direta de Riordan na versão do Disney+ para Percy Jackson, pode evitar grandes problemas para os fãs. Dessa forma, listamos – via Screen Rant – tudo o que a nova série do personagem precisa evitar para se tornar um grande sucesso. Confira:
Não ser fiel aos livros
Todas as séries e filmes, adaptados de grandes sagas, permitem aos seus criadores que exercam a liberdade criativa. No entanto, os filmes de Percy Jackson foram um pouco longe demais. Os produtores removeram vários elementos significativos e emocionais.
Boa parte destas, foram substituídas por missões simplificadas e conflitos adolescentes forçados. Dessa maneira, fica explícito que, o tom apressado do filme e a falta de informações sobre a morte da mãe de Percy ocorreram por essas escolhas.
Durante o primeiro filme, o antagonismo de Luke foi revelado logo no começo. Com isso, não foi deixado nenhum elemento surpresa para o terceiro ato. Algo crucial em uma história de origem, requer que o protagonista entenda primeiramente seu propósito, ao invés de pular direto para a ação.
Por mais que Percy não estivesse ciente de seu nascimento divino ou até mesmo, da presença de deuses gregos, ele parece se adaptar à sua nova vida muito rápido. Por outro lado, cada um dos romances, captura sua surpresa, quando descobre novos fenômenos.
A idade dos protagonistas
Embora seja comum nas adaptações que, atores mais velhos, protagonizem personagens mais novos, em Percy Jackson isso não ocorreu. Na época em que o filme foi gravado, Logan Lerman, Alexandra Daddario e Brandon T Jackson, tinham cerca de 15 e 16 anos.
No entanto, todos esses personagens da franquia eram na verdade, um grupo de crianças de 12 anos no primeiro livro. Assim como ocorre com Harry Potter, a série que, conta com cinco livros, traça a maturidade dos personagens de maneira natural.
Considerando que, o segundo filme estreou três anos após o primeiro, a transição desses atores para a vida adulta ficou bastante evidente. Assim, o filme não se encaixou bem no tom adolescente que era necessário.
Relacionamentos Forçados
Um dos pontos que a nova série de Percy Jackson precisa focar é em relacionamentos. Os episódios precisam dar tempo para que, amizades e romances surjam naturalmente. Os filmes se apressaram em estabelecer tais relacionamentos.
Nos livros, por exemplo, o romance entre Annabeth e Percy nasce de forma mais natural e crível. Eles são amigos competitivos que, mais tarde, admitem que possuem uma “queda” um pelo outro. A trilogia se apressa até nas narrativas de Percy.
Com isso, não houve nenhum espaço para o desenvolvimento de personagens como Grover. O personagem é engraçado e atrevido, mas, o filme esconde que, esse estágio confiante, foi somente após superar a timidez e fracassos passados. Até o arco de Tyson deveria ter sido trabalhado de forma melhor.
Autor descontente
Como citamos anteriormente, Rick Riordan nunca escondeu que não era fã dos filmes. Portanto, o criador comemorou quando o Disney+ decidiu recontar a história de Percy Jackson. Agora, o mesmo está envolvido ativamente nas decisões da série.
Em várias entrevistas, Riordan deixou claro que nunca se importou em assistir aos filmes. Além disso, em um post em seu blog, o autor deixou claro que nunca pode tomar qualquer decisão criativa para as versões dos cinemas. Por fim, revelou que havia informado, via e-mail aos executivos do estúdio, sua preocupação com as mudanças em seus livros.
Não misturar livros
Como afirmamos anteriormente, basear cada temporada em um dos romances aparenta ser o óbvio. Algumas séries como Game Of Thrones já mesclaram vários livros em uma única temporada. Contudo, algo inevitável é a duração dos episódios, para que isso ocorra de forma tranquila.
Um exemplo claro é o que os produtores fizeram com Percy Jackson e o Mar de monstros. O enredo ficou extremamente confuso já que, misturaram elementos do Mar de monstros e o último livro, O último olimpiano. Por mais que, não houvesse pistas de Luke trazendo Kronos de volta à vida, o ponto da trama aparece forma inesperada no longa.
Esse movimento que surpreendeu os fãs mais próximos da franquia.
Um final digno para a franquia
Kronos, o titã do mal é o vilão final da franquia de livros. Ele pode ser visto como um equivalente a Voldermort de Harry Potter. Entretanto, os filmes não conseguem apresentar o vilão da forma que merecia. Sua presença é reduzida a uma criatura CGI trazida de volta a vida. Além disso, isso é feito de forma apressada.
Portanto, podemos esperar que a série do Disney+ ajude a criar um arco de personagens mais convincente. Assim, as missões nos quatro primeiros romance se acumulam para esse confronto com Kronos. Embora o personagem não esteja o tempo todo presente, a maioria dos antagonistas está pronta para servi-lo.
A maioria das ações dos inimigos de Percy Jackson é motivada a trazê-lo de volta para governar todos os reinos.
Pais de Percy
A mãe de Percy, Sally, aparece em algumas cenas. É a partir de seu desaparecimento que Percy decide roubar o raio no primeiro livro. Além disso, ele também tenta o seu melhor para provar que é digno diante dos olhos de seu pai Poseidon. Um dos pontos cruciais dos livros é que Percy consiga chegar a um acordo com sua ascendência mista.
Entretanto, o filme descarta tais crises pessoais, tratando por vezes, seus pais como personagens insignificantes. O público sabe que ele é um semideus. Mas, em momento nenhum, vemos como ele aceita ser um semideus.
Tempo de tela de Quíron
Se Kronos pode ser comparado à Voldemort, Quíron é quase Dumbledore em Percy Jackson. O centauro é o responsável por dirigir as atividades do acampamento meio-sangue. Entretanto, também serve como mentor de Percy em algumas ocasiões.
No livro, ele é um personagem interessante, afinal, é o filho imortal de Kronos e irmão de Zeus. Mas nos filmes, ele acabou sendo um personagem bastante esquecível. Por alguma razão, o ator de Chiron, Pierce Brosnan, foi substituído por Anthony Head no segundo filme. Isso confundiu ainda mais os espectadores.
Correr de clichês
Infelizmente, pelas sequências pesadas de ação de CGI, o filme acabou parecendo outras franquias que já estavam estabelecidas. Os temas adolescentes dos filmes foram considerados exagerados pelos críticos. Alguns efeitos, cenários e figurinos, também foram considerados um pouco clichês.
Um dos exemplos, é que, as figuras mitológicas gregas, eram extremamente semelhantes. Até mesmo, Poseidon, está armado até os dentes, sendo comparado ao deus da guerra Ares. Embora Percy Jackson seja um personagem adolescente, podemos afirmar que, alguns clichês podem ser deixados para trás.
Com isso, teríamos um foco maior para outros deuses, capturando suas lutas também. Caso contrário, a série seguirá o mesmo rumo dos filmes. Ou seja, terá a participação de deuses como personagens secundários.
Então, você está animado para a série de Percy Jackson?
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