O Milagre: Vale a pena assistir o filme com Florence Pugh?

Uma enfermeira inglesa em luto viaja para a Irlanda após a Grande Fome. Seu intuito é observar uma criança que supostamente não come há meses. Baseado no romance de Emma Donoghue, O Milagre é uma história sombria e desesperadamente assustadora de fé religiosa opressiva.

A garota considerada O Milagre pelos aldeões devotos também é considerada uma fraude por forasteiros céticos. Florence Pugh oferece uma atuação pensativa e compassiva como uma protagonista cansada em busca da verdade. Ela navega em um campo minado de manipulação ignorante em um ambiente sombrio e empobrecido.

A história de O Milagre

Elizabeth Wright (Pugh) chega a uma vila irlandesa em 1862. Um comitê de anciãos locais, um rico proprietário de terras e um médico (Toby Jones) a contrataram para assistir a um fenômeno surpreendente. Anna O’Donnell (Kíla Lord Cassidy) não come nada desde seu décimo primeiro aniversário, quatro meses atrás. 

No entanto, a menina de O milagre não apresenta sinais de desnutrição. Wright e uma freira ficarão sentados com Anna em turnos alternados por duas semanas. O objetivo é descobrir uma farsa ou confirmar a intervenção divina. Lib, como logo será chamada por Anna, refuta veementemente qualquer possibilidade intervenção divina. Entretanto, eles não existem.

Mas, Lib se assusta com as condições miseráveis ​​da família O’Donnell. Os pais de Anna (Elaine Cassidy, Caolán Byrne) já perderam um filho. Além disso, sua tia, Kitty (Niamh Algar), cava os pântanos locais para ganhar dinheiro. Anna recebe diariamente visitantes que se deliciam com sua presença.

Lib examina cuidadosamente Anna. Porém, ela é rapidamente tomada pela natureza doce e crenças férreas da garota. Will Byrne (Tom Burke) é enviado por um jornal inglês para relatar a história. Então, Lib fica sabendo por Kitty, em O milagre, que ela cresceu lá durante a fome.

Lib, uma viciada que toma láudano para superar sua tristeza, decide mudar a situação. Assim, proíbe qualquer pessoa de tocar fisicamente em Anna. Mas, à medida que a saúde de Anna se deteriora rapidamente, Lib implora ao comitê e sua família para parar o relógio. Afinal, Anna vai morrer se não comer.

Vale a pena assistir ao filme?

O diretor chileno vencedor do Oscar Sebastián Lelio (Gloria, Uma Mulher Fantástica) é magistral desde os quadros de abertura. O milagre começa em um palco sonoro. Kitty fornece uma narração precisa de que este é um filme que retrata eventos reais. Com isso, ela continua afirmando que todos que viveram “acreditaram” em cada parte.

A princípio, a câmera faz uma panorâmica para um set com Pugh pronto no traje. Este começo franco estabelece uma reflexão sombria. Os personagens se apegam à esperança onde quer que a encontrem. Anna representa ensinamentos doutrinados que um poder superior orienta com autoridade onisciente.

Por sua vez, a dor e o sofrimento no mundo mortal serão aliviados na vida após a morte. Ou seja, a menos que seja julgado um pecador e depois queimado na condenação eterna. Mas, as motivações da garota são compreendidas e expostas em um potente clímax.

Além disso, outro ponto fica claro ao assistir O milagre: Lib tem uma crise existencial. A incapacidade de lidar com sua própria perda é justaposta à condição cada vez maior de Anna. Ela deixará uma garota inocente morrer para defender a moralidade falha dos outros?

Anna, interpretada magnificamente por Cassidy, prefere definhar do que negar os desejos de sua família. Essas cenas são marcantes. O filme explora brilhantemente as profundezas da força de vontade humana, força e nossa capacidade de heroísmo nas situações mais terríveis.

Certamente, esse foi um dos grandes acertos da Netflix e vale a pena assistir. Então, você vai dar uma chance para O milagre? Confira um trailer:

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