Napoleão: 5 fatos curiosos que você precisa saber antes de assistir ao filme
Muitos Franceses Realmente Não Gostam de Napoleão
Nos próximos meses, Ridley Scott, diretor de filmaços como Gladiador e Alien, lançará um filme sobre a vida de Napoleão Bonaparte, estrelado por Joaquin Phoenix como o imperador francês.
O trailer sugere uma produção épica, prometendo explorar os dramas e reviravoltas na vida de Napoleão. Antes de assistir a essa obra, que tem tudo pra ser cotado ao Oscar 2024, vale a pena conhecer alguns fatos curiosos sobre o líder francês.
5 coisas que você precisa saber antes de assistir ao filme Napoleão
Quase Não Era Francês
Napoleão Bonaparte, nascido em 1769 na ilha da Córsega, tornou-se francês por uma reviravolta histórica. A ilha havia sido cedida à França pela República de Gênova no ano anterior ao seu nascimento.
Descendente de uma linhagem de aristocratas italianos, a família de Napoleão era inicialmente contrária aos franceses, lutando pela independência da Córsega. Aos 10 anos, enviaram o jovem para estudar na França, onde ele aprendeu francês, embora suas primeiras línguas fossem italiano e corso.
Ademais, o forte sotaque e as dificuldades com a ortografia francesa levaram a experiências de bullying durante seus anos de formação.
Ele Não Era Tão Baixo Assim
É comum associar Napoleão a um complexo relacionado à sua altura, mas a realidade é diferente. Com aproximadamente 1,69 metros de altura, ele estava dentro da média para os homens europeus de sua época.
Cartunistas ingleses fabricaram o mito do “homem baixo” como parte da propaganda de guerra durante os conflitos entre França e Inglaterra. Seu apelido “Le petit caporal” (o pequeno coronel) dado por suas tropas durante campanhas vitoriosas não reflete sua estatura física, mas sim uma alcunha carinhosa. Atualmente, a expressão em francês é usada para descrever uma figura autoritária no ambiente de trabalho.
Ele Pode Ser o Pai da ‘Egiptologia’
Conquanto além de suas proezas militares, Napoleão também se destacou como um propagandista perspicaz. Durante a campanha militar ao Egito em 1798, ele levou 167 cientistas para estudar artefatos do antigo Egito.
Suas descobertas incluíram a famosa Pedra de Roseta. O apoio de Napoleão à pesquisa e o trabalho documentado por suas equipes de notícias internas foram cruciais para despertar o interesse duradouro pela egiptologia, evidenciado, por exemplo, na exposição “Ramsés e o Ouro dos Faraós” em Paris.
A relação com Josephine não era das melhores
Contrariando a imagem romântica, a vida pessoal de Napoleão foi complexa. Sua esposa, Josephine, na verdade, chamava-se Marie Josèphe Rose Tascher de La Pagerie, sendo renomeada por ele antes do casamento. Ao propósito, a relação deles era complicada, com ambos envolvidos em casos extraconjugais.
A fama dos casos de Josephine se deve, em parte, à interceptação e publicação de uma carta de Napoleão pelos britânicos, como parte de uma estratégia para desacreditá-lo. O mito da inadequação sexual do dirigente foi mais uma invenção inglesa do que uma realidade.
Muitos Franceses Realmente Não Gostam Dele
Apesar da fama mundial, Napoleão não é uma figura tão querida na França. Com efeito, sua decisão de reintroduzir a escravidão, usurpar o título de imperador e envolver-se em nepotismo e guerras destrutivas gerou controvérsias.
Muitos franceses veem Charles de Gaulle como uma figura militar mais admirada, apesar das próprias controvérsias. O recente debate sobre a marcação oficial do bicentenário da morte de Napoleão destaca a ambivalência em torno de seu legado na França.
Enquanto nos preparamos para mais uma representação cinematográfica da vida do ícone, é bem legal poder compreender a complexidade do homem por trás do mito. Seus feitos militares, seu papel na promoção da ciência e os aspectos tumultuados de sua vida pessoal adicionam camadas à compreensão desse ícone histórico.
O filme de Ridley Scott, com Joaquin Phoenix no papel principal, promete trazer à vida essa complexidade, convidando o público a explorar os muitos aspectos fascinantes de Napoleão Bonaparte.