Maratonas na Netflix vão acabar? Estreias semanais são a ameaça
Netflix substituira séries de maratona por estreias de episódios semanais? Descubra!
De fato, as coisas estão difíceis para a Netflix, e muitas mudanças estão por vir. Afinal, temos visto a soberana e percursora dos streamings com cada vez mais críticas incidentes. Seja por seus planos com preços acima da média, os constantes cancelamentos ou pelas polêmicas novas estratégias. Por exemplo, o possível fim do modelo de estreias de séries para maratona, ou apenas “binge-watching“.
De início, a empresa que antes se assemelhava às locadoras dos anos 2000 inovou no consumo de entretenimento, ao trazer o que conhecemos hoje como plataformas e/ou serviços de streaming. Não só isso, indo também contra a maré de tradições da TV (aberta e a cabo) ao disponibilizar as temporadas de seus novos conteúdos originais na íntegra. Assim, oferecendo flexibilidade para o público assistir como bem quisesse.
Entretanto, a marca registrada de “estreias para maratona” ou “binge-watching” da Netflix – que antes a alavancou – pode estar com os seus dias contados. Por isso, venham conosco, da Streamings Brasil, e entendam qual será o futuro deste modelo e quais são as outras novidades polêmicas da até então queridinha “tudum”!
Fim das estreias de séries para maratona na Netflix
Recentemente, há discussões pelos cantos da internet acerca do consagrado padrão de lançamentos de temporadas completas, deste que foi o primeiro e ainda se mantém como o streaming mais popular do mundo. Visto que diferente de si, sua crescente concorrência vêm padronizando estreias de episódios semanais. Ou seja, prolongando a vida útil e o interesse público por suas respectivas produções originais.
Em síntese, a discussão que já rolava se intensificou mais após um artigo do ex-editor do The Hollywood Reporter, Matthew Belloni, para a Puck News, onde analisou-se os valores inicias da Netflix (com base no livro de 2020 “A Regra é Não Ter Regras”, do co-fundador Reed Hastings) comparados ao seu cenário atual. Já que, os antes atrativos (ex: maratonas) estão canibalizando o próprio serviço.
Nesse sentido, Belloni atesta que Hastings “parecia relutante em abandonar o binge watching por não precisar ou querer”, mas que agora é evidente “que ele precisa”. Ainda, acrescentou em resposta pelo Twitter que apesar da medida não ser algo oficial, que o empresário “deveria” ater-se à isso. Uma vez que – ao mesmo tempo em que adversários retém o hype dos “fãs” – a Netflix constantemente queima suas largadas.
De verdade, esse modelo de binge-watching (maratona) deles já tá me enchendo o saco faz um tempo. Não dá pra acompanhar o que você gosta, no seu tempo e sem levar spoiler. Além de que acaba secando muito daquela experiência gostosa de debates / teorias e memes semanais
— ємяєнℓιυg ☂︎ (@guii_corsino) August 1, 2022
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E, mesmo que os CEOs (Hastings e Ted Sarandos) mantenham-se firmes em não alterar a liberdade oferecida ao consumidor por suas estreias para maratonas, não há como negar a realidade. Em 2022, além dos conteúdos apenas distribuídos pela Netflix (como “Manifest“, “Expresso do Amanhã“ e reality shows), já tivemos temporadas de “Stranger Things“, “Ozark“ e “Lucifer“ lançadas em 2 partes.
Nestes três casos, a razão pela divisão das estreias se deu por empecilhos relacionados à pandemia. Portanto, a prática foi adotada para não atrasar ainda mais as entregas. Contudo, Sarandos admitiu em uma teleconferência de abril terem “descoberto que os fãs gostam de ambos [formatos]” (semanal e “binging”). Então, trazer doses concentradas de episódios pode se tornar o novo padrão das estreias.
O modelo que mais me agrada é esse de 3 em 3 mesmo (a Netflix só fez isso com Arcane, mas só pq fez parte da narrativa). Nessa de lançar mais de um ep no início e seguir com 1 semanal outros também fazem, tipo a Disney+ e a AppleTV+, também funciona bem
— ємяєнℓιυg ☂︎ (@guii_corsino) August 2, 2022
No momento, essa é a principal teoria (temporadas segmentadas). Porém, as séries originais da Netflix podem inovar mais além em seus modelos de estreia. Por exemplo, como a nova antologia de terror “O Gabinete de Curiosidades de Guilhermo Del Toro”, a qual lançará 2 episódios por noite durante 4 dias (pelo Halloween), a partir de 25 de outubro.
Ainda mais novidades polêmicas
Ademais, não só de rumores se sustentam os descontentamentos dos assinantes da Netflix, pois a plataforma já possui confirmadas algumas novidades que irão dividir opiniões. Primeiramente, o fim do “compartilhar senha”. Resumidamente, uma ação – já em testes (na América Latina) – a qual limitará o uso alheio de contas, taxando quem usufruir dad assinaturas de amigos e afins.
Por enquanto, a medida não possui estimativa de vinda ao Brasil, mas já está em vigor desde março no Chile, Costa Rica e Peru (sob o nome “add a member“). Também, desde agosto na Argentina, República Dominicana, El Salvador, Guatemala e Honduras (nestes, como “add a home“). Entendam a decisão:
“Nós facilitamos o compartilhamento da conta entre as pessoas que moram juntas […] mas há confusão em como as contas podem ser partilhadas. Por consequência, as assinaturas vêm sendo passadas para famílias e amigos – impactando diretamente em nossa capacidade de investimento em novas séries e filmes originais”, explicou o Diretor de Inovação de Produto e Crescimento do serviço, Chengyi Long.
– via Netflix
Além disso, um novo plano de assinatura se juntará aos já conhecidos Básico (R$ 25,90), Padrão (R$ 39,90) e Premium (R$ 55,90), o apelidado “plano com anúncios”. Ou seja, uma quarta opção ainda mais barata (estimada entre R$ 18,00 e R$ 24,00). Mas, a qual não trará todo o catálogo do serviço, não permitirá downloads, terá 4 minutos comerciais para cada 1 hora de conteúdo e virá em 2022.
“Estaremos acrescentamdo um nível de anúncio para àqueles os quais alegam quererem um preço reduzido em troca de assistirem a anúncios”, disse o co-CEO Ted Sarandos (em conferência de publicidade no Cannes Lions 2022).
Estreia de filmes originais da Netflix nos cinemas?
Por fim, uma mudança majoritariamente positiva a qual voltou a ser discutida é a estreia dos filmes originais da Netflix nos cinemas. Atualmente, a plataforma têm focado em levantar franquias de sucesso como “Alerta Vermelho”. “Agente Oculto” e “Entre Facas e Segredos”. Então, junto ao fato de que a empresa sofre por concentrar seu capital apenas no streaming, lucros nas bilheterias seriam bem-vindos. Todavia, nenhum acordo foi firmado.
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