
Filme de ficção científica da Netflix vale cada milésimo de segundo do seu tempo
Situado em 1983, durante o ápice da Guerra Fria, Sputnik narra a história de dois cosmonautas russos
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O filme de terror de ficção científica russo Sputnik, lançado em 2020 e dirigido por Egor Abramenko em sua estreia como diretor, mergulha os espectadores em uma intensa narrativa envolvendo um cosmonauta, uma médica e uma criatura alienígena.
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Estrelado por Oksana Akinshina, o filme recebeu críticas positivas e ganhou destaque por sua abordagem única no cenário do cinema de terror espacial. Neste texto, vamos os elementos centrais dessa narrativa de terror e sci-fi, o lançamento do filme e a resposta crítica que o envolveu.
Conheça Sputnik — Estranho Passageiro, sucesso de ficção científica da Netflix
Situado em 1983, durante o ápice da Guerra Fria, Sputnik narra a história de dois cosmonautas russos que, após uma missão orbital, testemunham um fenômeno inexplicável. A trama se desenrola com a queda da espaçonave no Cazaquistão, resultando na sobrevivência de Konstantin, o único cosmonauta.
A Dra. Tatyana Klimova, interpretada por Oksana Akinshina, é recrutada para avaliar o cosmonauta que trouxe consigo uma forma de vida alienígena.
O filme explora a relação simbiótica entre Konstantin e a criatura, revelando segredos obscuros enquanto confronta questões éticas. E se aprofunda com a Dra. Tatyana descobrindo a verdadeira natureza da criatura, desencadeando uma busca para separar os dois.
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Confrontos emocionais, revelações chocantes e dilemas morais conduzem a narrativa, elevando o suspense até seu clímax e um plot twist daqueles
Sucesso na Rússia
Originalmente destinado à estreia no Festival de Cinema Tribeca em abril de 2020, Sputnik enfrentou um revés devido à pandemia de COVID-19. A mudança de planos levou ao lançamento em vídeo sob demanda na Rússia em 23 de abril de 2020, nas plataformas More.tv, Wink e Ivi.ru.
A estratégia de distribuição em vídeo sob demanda foi um sucesso, resultando em mais de um milhão de espectadores na Rússia, tornando-se o título mais assistido por lá em dois anos.
A Sony Pictures, inicialmente programada para o lançamento nos cinemas russos em 16 de abril de 2020, ajustou a estratégia para se alinhar às circunstâncias globais. A IFC Midnight adquiriu os direitos de distribuição na América do Norte, permitindo que o filme alcançasse audiências de fora em cinemas selecionados e vídeo sob demanda em 14 de agosto de 2020.
A decisão de lançamento, embora atípica, contribuiu para o sucesso do filme, destacando sua capacidade de atrair espectadores em diferentes formatos e geografias. O impacto na Rússia, superando títulos americanos e locais, reforça a eficácia da abordagem flexível adotada pelos produtores.
Resposta da crítica para Sputnik
Sputnik recebeu aclamação crítica, conquistando 88% de aprovação no Rotten Tomatoes com base em 121 resenhas, e uma média de 7/10. O Metacritic, com uma pontuação de 61 de 100, indicou avaliações “favoráveis” com base em 19 resenhas.
Os críticos destacaram a trama cativante e a originalidade na abordagem do terror espacial. Além disso, o desempenho de Oksana Akinshina como Dra. Tatyana recebeu elogios por transmitir emoções complexas e proporcionar uma experiência envolvente. Ademais, a dinâmica entre os personagens principais, especialmente a relação simbiótica entre Konstantin e a criatura, foi destacada como um dos pontos fortes do filme.
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Críticos russos, como Pavel Voronkov do Gazeta.Ru, elogiaram a trama “encantadoramente descomplicada” e distinguiram Sputnik de outros filmes do gênero.
“O filme é um estudo de personagem claustrofóbico com sequências envolventes”
As análises internacionais também destacaram aspectos positivos. Matt Zoller Seitz, do RogerEbert.com, atribuiu ao filme três e meio de quatro estrelas, elogiando o relacionamento entre os personagens e a autenticidade russa presente na narrativa. Ian Freer, da Empire, concedeu três de cinco estrelas, destacando o design da criatura e os efeitos sangrentos como pontos positivos, caracterizando-o como um thriller eficaz.
Com efeito, a resposta positiva se estendeu à atmosfera sombria e cinematografia marcante do filme, como enfatizado por Joe Morgenstern do The Wall Street Journal. A mistura de elementos russos com o gênero de ficção científica alienígena foi considerada refrescante e eficaz por críticos como Glenn Kenny do The New York Times.

Por fim, Tomris Laffley, da Variety, caracterizou Sputnik como um “estudo de personagem claustrofóbico com sequências envolventes [e] respingos eficientes de gore de filmes B”. Laffley elogiou a atuação carismática de Akinshina, comparando-a a personagens icônicos como Ellen Ripley da franquia Alien.
Apesar de ainda ser desconhecido, Sputnik emerge, agora na Netflix, como uma notável contribuição ao cinema russo contemporâneo, transcendendo as expectativas do gênero de ficção científica e horror.