Emily em Paris: 5 coisas que 4ª temporada precisa mudar

A Netflix lançou recentemente a 3ª temporada de Emily em Paris. A história gira em torno de uma garota de negócios que é transferida para uma empresa de marketing em Paris, apesar de não saber francês. E três temporadas depois, ela ainda não sabe falar francês.

Seu tempo na França é um choque cultural enquanto ela se adapta e encontra seu caminho em um novo país. Mas há muito drama de relacionamento para mantê-la ocupada. Emily em Paris sempre incluiu uma certa quantidade de ridículo, mas a 3ª temporada, sem dúvida nenhuma, foi longe demais.

Emily Cooper (Lily Collins) rapidamente se tornou a funcionária mais procurada da empresa sem realmente tentar. Enquanto tentam torná-la a melhor, eles esqueceram de tornar seus colegas de trabalho remotamente competentes sem ela. No entanto, Emily continua a tomar decisões terríveis e não enfrenta as consequências.

Tudo dá certo para ela, o que, francamente, não torna a série interessante. A personagem e sua escolha de roupas são difíceis de levar a sério, mas o programa persiste em tentar. À medida que Emily em Paris avança para a 4ª temporada, há várias maneiras pelas quais ela (e a personagem) precisa crescer. Ou, mais uma vez, a série vai parecer não sair do lugar.

Os conflitos de Emily no trabalho em Emily em Paris 

Tudo acontece facilmente para Emily. A empresa precisa de uma reunião com um grande influenciador e, claro, ele segue a personagem no Instagram. Quando o cliente se recusa a trabalhar com eles, tudo o que Emily precisa fazer é pressiona-los uma vez para convencê-los a mudar de ideia em Emily em Paris .

A personagem da série é estrangeira e a mais nova contratada da empresa. Desta forma, nem todas as suas ideias devem ser grandes sucessos. Se Emily não precisa trabalhar duro, por que a série é predominantemente sobre o trabalho dela? A 4ª temporada deve ter Emily falhando, para que ela possa se levantar novamente.

Ninguém tem sucesso o tempo todo, então quem quer assistir a um programa sobre alguém que consegue? A 3ª temporada da série criou um conflito interpessoal entre ela e seu colega de trabalho Luc (Bruno Gouery). Então, talvez isso já tenha sido resolvido. Mas mesmo com essa complicação, Emily deve trabalhar mais no futuro.

Emily deveria ser mais inteligente em Emily em Paris

Emily é uma potência workaholic. Mas, apesar de chegar ao topo de sua área quase instantaneamente, ela toma decisões terríveis. A 2ª temporada de Emily em Paris a viu concordar em deixar a empresa principal para trabalhar na nova companhia de marketing que sua chefe, Sylvie (Philipine Leroy-Beaulieu), queria começar.

Mas a 3ª temporada começa com ela trabalhando em ambas as empresas, lutando apenas com o gerenciamento de tempo. Um adulto com bom senso deveria saber melhor do que isso. Ela deveria ter percebido que só iria machucar as pessoas fazendo isso.

Para fazê-la parecer mais incompetente, ela se surpreende ao ser demitida na série. Essas decisões se espalham em sua vida pessoal. Ela opta por faltar a uma festa do namorado, Alfie (Lucien Laviscount), a trabalho, pensando que ele não ficaria zangado.

Emily ainda fica incrédula quando ele termina com ela. A personagem de Emily em Paris aceita ser garçonete para Gabriel (Lucas Bravo) apesar de não saber o idioma, acreditando que não será problema. Mas obviamente é, e ela acaba causando uma reação alérgica em um cliente.

Sua recusa em pensar logicamente é estranha. É difícil assistir Emily tomar decisões erradas constantemente quando ela deveria ser inteligente. Se a série quer que ela seja inteligente, eles devem demonstrar isso na forma como ela se comporta.

Não é que pessoas inteligentes nunca façam escolhas ruins, mas se isso é tudo o que ela faz, então ela não é realmente inteligente.

A série precisa fazer a personagem enfrentar as consequências

Da mesma forma, Emily precisa enfrentar as consequências de seus erros em Emily em Paris. Ela toma más decisões e fica surpresa quando as coisas não saem do jeito dela porque ela nunca teve consequências reais e duradouras. Sim, Sylvie a despede na 3ª temporada, mas dura apenas um breve período.

Ela até menciona que está na França com visto de trabalho, mas isso não se torna um problema porque ela é contratada muito rapidamente. Se esse enredo tivesse durado mais, haveria mais drama para manter a série mais instigante.

Mas o ritmo acelerado fez com que esse enredo quase não tivesse importância. O mesmo problema acontece novamente quando Alfie termina com ela. Emilly consegue conquistá-lo em apenas um episódio de Emily em Paris. Esses deveriam ser os resultados naturais de suas ações, mas ela é capaz de revertê-los.

O fato é que ver tudo dar certo para ela, mesmo depois de suas terríveis decisões, é irritante. Se tudo correr do jeito dela, ela não é uma personagem identificável. Emily deveria ser punida pela maneira como trata as pessoas ao seu redor. É difícil torcer por ela quando ela está surpresa, apesar de todos os outros reagiram razoavelmente.

Seguindo em frente, as más escolhas de Emily devem ter um impacto duradouro em sua vida e relacionamentos, ou então qual é o sentido de ela fazer essa escolha em primeiro lugar em Emily em Paris?

As roupas de Emily

Uma coisa que se destacou desde o início é o guarda-roupa de Emily. A série é ambientada em Paris e dá grande importância à moda, já que sua agência representa vários estilistas. Muitos personagens fazem escolhas de moda criativas, mas não como a própria Emily.

O problema não é que essas escolhas sejam incomuns, mas a direção que estão tomando. Não é chique nem vanguardista mas, sinceramente, infantil. A cor brilhante e não diluída a torna o centro das atenções, e não de um jeito bom.

Como Emily pode ser levada a sério como uma adulta de sucesso que se veste com uma personagem do canal da Disney? A transição para roupas mais parecidas com seus colegas de elenco, que são ousadas, mas menos drásticas, ajudaria muito a fazê-la parecer menos uma criança.

Emily em Paris precisa tornar a série mais autoconsciente

Vamos ser sinceros, Emily em Paris tem um conceito totalmente irreal e eles o levam com a maior seriedade. A 4ª temporada deve relaxar um pouco. Por exemplo, o terceiro ano tem uma seção inteira apresentando um anúncio onde eles criam um filtro para as pessoas se parecerem com seus animais de estimação.

Acontece que este momento não é nem um pouco divertido na série. Reconhecidamente, não é uma má ideia de publicidade, mas se for o caso, isso se transformaria em uma piada na internet. Então por que ninguém riu disso? A série tem poucas chances de adicionar humor, que é o que mais precisa.

O programa tende a ser um pouco “louco”, então por que não se dá ao trabalho de rir de si mesmo? Todas as temporadas de Emily em Paris estão disponíveis no catálogo da Netflix.

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