Bom Dia, Verônica: A verdade por trás da série da Netflix

Bom dia, Verônica, foi criada por Raphael Montes. A série brasileira, conta um drama policial e é original da Netflix. O personagem de Verônica que dá nome à série é uma funcionária de um escritório no departamento de homicídios e trabalha para Wilson Carvana.

Durante Bom dia, Verônica, a jovem não consegue se livrar da lembrança angustiante de ver uma mulher tirar sua própria vida na dependência policial. Nesse momento antes de puxar o gatilho, a mulher diz que o amor ideal não existe. Depois disso, Verônica com essa única pista, mergulha em um mar de miséria e engano.

Posteriomente, ela atende um telefonema misterioso de uma vítima de abuso bem perturbada. Procurando a solução para os dois casos, ela desrespeitou as ordens especiais impostas e naturalmente põe em risco a segurança das vítimas.

Sua tentativa desesperada  pareceu muito inútil na rede corrupta de ordem e lei, até que ela assumiu com suas próprias mãos o controle dos casos. Bom dia, Verônica é extremamente perturbadora e angustiante, visto que ela investiga a mente criminosa de um serial Killer sádico. No entanto, os fãs questionam se a série é baseada ou não em fatos reais. Pois bem, aqui está o que sabemos.

Bom dia, Verônica é uma história real?

Antes de mais nada, Bom dia, Verônica não é uma história verdadeira, embora sua história pareça baseada em um caso real de assassinato em série. Apesar disso, a série é puramente uma obra de ficção. Junto com um talentoso conjunto de roteiristas, Raphael Montes criou a série.

A série é uma adaptação de um livro que tem o mesmo nome, escrito por Andrea Killmore, pseudônimo da famosa escritora de não-ficção Ilana Casoy e do romancista Raphael Montes. Ilana se formou na Fundação Getúlio Vargas, uma das instituições mais conceituadas do Brasil e se especializou na disciplina de psicologia criminal.

Casoy escreveu ‘A Prova é a Testemunha’ baseada no caso de Isabella Nardoni. A escritora de Bom dia, Verônica, também colaborou com a Fox Brasil para criar um perfil criminal de Dexter Morgan protagonista da série, Dexter. Além disso, trabalhou por muito tempo com o Discovery Channel, o que ajudou a impulsionar seu currículo.

Autores misturam ficção com realidade

Para a série, Raphael e Ilana misturaram ficção com a realidade para construção do serial killer. Visto que o assassino também é um oficial de alto escalão da polícia militar. A busca de Verônica por Justiça portanto, uma é uma causa perdida. Ao criar a personalidade dos personagens, basicamente o autor retratou dos desequilíbrios de poder na sociedade e os abusos que eles cometem.

Não há embora, nenhum serial Killer com nome de Coronel Brandão, porém seu perfil corresponde a vários serial killers no Brasil com antecedentes policiais. Ou seja, para a construção de Bom Dia, Verônica, os criadores podem ter usado outros exemplos.

O ex-coronel do corpo de Bombeiros Militar, Jorge Luiz Thais Martins, matou nove viciados de drogas entre agosto de 2010 e janeiro de 2011 para fazer vingança ao seu filho. Por outro lado “Cabo Bruno” (Florisvaldo de Oliveira), foi um ex-chefe de polícia que atacou mais de cinquenta pessoas na periferia de São Paulo. Além disso, José Ramos, ou “O Açougueiro da Rua do Arvoredo”, assassinou oito homens com sua esposa e outro cúmplice.

Na série, Brandão também usa sua esposa problemática e aterrorizada para atrair as vítimas em suas armadilhas. Embora Brandão não seja um serial Killer real, seu personagem pode ter sido construído com traços de diferentes serial killers.

Colocando uma detetive mulher protagonizando Bom dia, Verônica, o autor destacou o aspecto de gênero e como muitas vezes nesse momento cai na disputa pelo poder. Portanto considerando tudo, a serie é bastante realista na caracterização criminal e em seu perfil mesmo não sendo uma documentação de um caso criminal real.

Então, você está assistindo Bom dia, Verônica?

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